segunda-feira, 7 de novembro de 2011

7 MARIOLOGIA


O tema da Mariologia nos ajuda a refletir sobre o papel de Maria na obra do seu filho Jesus e nos motiva seguir seus exemplos para acolhermos na fé a vontade de Deus a nosso respeito. Uma boa leitura e reflexão!
1.Maria nas Escrituras: No Antigo Testamento, o advento de Cristo neste mundo é lentamente preparado. Assim Maria já é profeticamente esboçada na promessa da vitória sobre a serpente e daquela que dará à luz a um Filho cujo nome será Emanuel. Os Evangelhos, falam pouco sobre Maria, mas em Lucas, temos elementos para uma espécie de “protomariologia”, com dados completados por Mateus. João no seu Evangelho, a presença dela no início e no fim da vida pública. Os Atos dos Apóstolos, Maria entre as mulheres da primeira comunidade à espera do Pentecostes. As cartas paulinas, que Deus enviou o seu Filho, nascido de “mulher” (Gl 4,4).
2. A reflexão posterior: o paralelo Eva-Maria, corrente desde o século II; a analogia Maria-Igreja, a aplicação da virgindade ao parto e o surgimento da expressão Mãe de Deus. No século III, a virgindade é ampliada à toda a vida de Maria. Nos séculos IV e V, a idéia de que Maria nunca pecou começa a se impor. Em meados do século V, já estão elaborados os traços básicos da mariologia.
Era Patrística: O primeiro a escrever sobre Maria é Inácio de Antioquia - verdadeira encarnação de Cristo. 3 grandes pensamentos: 1º Paralelismo Eva-Maria; 2º Maternidade divina; 3º Total santidade de Maria.
3. Princípios Mariológicos:  Adota-se o princípio da maternidade divina, entendido como graça; acrescentam-se os princípios secundários: 1º Princípio da Singularidade; 2º Princípio da Conveniência; 3º Princípio da eminência; 4º Princípio de Semelhança: analogia com os chamados privilégios da humanidade de Cristo.
4. Os Dogmas Marianos: Manifestam a importância que a Igreja dá a Maria, a Mãe de Deus. Ela é exaltada precisamente em sua insignificância e simplicidade,
Maternidade Divina: O acontecimento central: Maria, a Mãe de Deus: No mistério da maternidade revela-se a missão de Maria e o lugar que ocupa no mistério da salvação. Em 431 o Concílio de Éfeso definiu explicitamente a maternidade divina de Maria; Virgindade Perpétua: é um dogma de fide e não de fide definita, pois nenhum concílio ecumênico se pronunciou explícita e definitivamente sobre essa questão, concílio de Latrão de 649, encontra-se a expressão "virgem antes do parto, no parto e após o parto". Imaculada Conceição. O primeiro efeito da plenitude de graça e redenção foi a preservação de Maria do pecado original. Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX, em sua Bula Ineffabilis Deus define o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assunção de Maria - A Assunção de Maria foi o último dogma a ser proclamado por obra do Papa Pio XII, em 10 de novembro de 1950. Na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, o Pontífice afirmou que, depois de terminar o curso terreno de sua via, Maria foi assunta de corpo e alma à glória celeste.
5. O Culto Mariano: O culto mariano funda-se sobre a admirável decisão divina de ligar para sempre, a identidade humana do Filho de Deus a uma mulher, Maria de Nazaré. O mistério da maternidade divina e da cooperação de Maria na obra redentora suscita nos crentes de todos os tempos uma atitude de louvor.
6. Maria e a Redenção: A co-redenção deve ser entendida em sentido eclesial e não como função autônoma sem o respaldo da Escritura e da Tradição. Como serva na fé deu à luz um Filho que é o Redentor de todos. Assim ela é Co-redentora, mas não como uma função autônoma; é em função universal.
7. Maria, mãe da Igreja: Paulo VI, no dia 21 de novembro de 1964 diz: “para que a sua glória e para o nosso conforto, proclamamos a Santíssima Virgem Maria, Mãe da Igreja. Sendo Mãe de Deus, Maria torna-se mãe de todos aqueles que vivem em Jesus. Mostra sua: função materna e o papel na história da salvação.
8. Maria tipo e modelo.Está unida à Igreja por causa da natureza divina, assim se torna figura da Igreja.
O Magistério recente: na Lumen Gentium, a mariologia tem dimensões cristológica e eclesiológica, numa perspectiva histórico salvífica. Apresenta Maria como Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja. A Marialis Cultus traz a reta ordenação e desenvolvimento do culto à Virgem Maria. A Redemptoris Mater: para comemorar os 2000 anos de nascimento de Maria. O fio condutor é a peregrinatio fidei de Maria. Puebla (nº 282-303): apresenta Maria como Mãe e modelo da Igreja. Maria é a realização mais alta do Evangelho. O ligar de Maria na América Latina está marcado pelos santuários marianos, sinais do encontro entre a fé da Igreja e a história latino-americana.
9. As aparições de Nossa Senhora: Compete ao ministério pastoral da Igreja esclarecer o fenômeno. O reconhecimento por parte da Igreja não significa obrigação de se acreditar no fenômeno da mariofania. Mas lembra a devoção não é mera superstição. O valor teológico é em relação à revelação em Jesus Cristo.
10. Sobre a morte de Maria: O documento não se manifestou sobre a morte de Maria. No ocidente fala-se da dormição de Maria. Mas não há nada de definido sobre esta questão.

Modjumbá axé!
Pe. Degaaxé

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