sábado, 26 de outubro de 2013

¿ NOSOTROS, COMO INDIVIDUOS, QUÉ PODEMOS HACER PARA PREVENIR LOS CAMBIOS CLIMÁTICOS?



En nuestros días, se habla mucho sobre los cambios climáticos. Se trata del calentamiento global debido a la acción humana que emite gases para la atmósfera. Estos causan el efecto invernadero, perjudicando todo el sistema climático del planeta. La reflexión sobre este tema es muy importante porque hace que las personas tomen conciencia de la necesidad de cuidar del medio ambiente y del clima en general.
Los efectos de la irresponsabilidad humana han sido devastadores en muchos lugares. El aumento de la temperatura en el mundo han derretido los casquetes de hielo, aumentado el nivel de agua en los océanos. En el futuro, muchas ciudades litoraleñas serán inundadas. El aumento de la temperatura ha también causado la muerte de muchas especies de animales y vegetales, desequilibrando diversos ecosistemas. Con la devastación de las florestas, especialmente en países tropicales como Brasil, y otros países africanos, la tendencia es a aumentar significativamente las regiones desérticas del planeta. Están también en aumento los huracanes, tifones y ciclones, que causan la muerte de millares de personas, especialmente ansianos y niños.
Yo pienso que la situación es mucho más seria porque se ha transformado el estilo de vida de las personas y se ha amenazado la vida en el planeta. Muchos líderes internacionales han reflexionado sobre soluciones para disminuir la intensidad del calentamiento terrestre. Este paso no impide que otras acciones puedan ser asumidas por las personas en sus ambientes. En mi opinión, hay diversas cosas que podemos hacer, por ejemplo: es posible dejar el auto en casa y usa el sistema de transpote público (colectivo, tren, subte, combi, etc) o bicicleta. Otra cosa que podemos hacer es colaborar con el reciclado de residuos y usar cuanto sea posible la iluminación natural dentro de los ambientes domésticos. Podemos también evitar la deforestación y el incendio de las florestas.
En conclusión, creo que el ser humano es capaz de hacer buenas opciones para salvar el planeta, así como fue capaz de perjudicarlo. Hay una sensibilización global sobre ese tema y muchas iniciativas se han realizado en vista de hacer que las personas tomen conciencia de la necesidad de un nuevo comportamiento y mentalidad, principalmente  en relación a la naturaleza que es la más afectada. El ser humano debe cuidar de la naturaleza porque ésta puede sobrevivir sin el ser humano, pero el ser humano no puede sobrevivir sin la naturaleza. El programa de reforestación debe ser asumido por todos, porque la plantación de arboles es un paso importante en la prevención del calentamiento global.

Pe. Dega
Tradución: Nómade de Dios

 

domingo, 13 de outubro de 2013

O QUE NÓS, ENQUANTO INDIVÍDUOS, PODEMOS FAZER PARA PREVENIR AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

         Em nossos dias, fala-se muito sobre mudanças climáticas. Trata-se do aquecimento global devido à ação humana que emite gases para a atmosfera. Estes causam o efeito estufa, prejudicando todo o sistema climático do planeta. A reflexão sobre este assunto é muito importante porque faz as pessoas tomarem consciência sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente e do clima em geral.
        
          Os efeitos da irresponsável ação humana tem sido devastadores em muitos lugares. O aumento da temperatura no mundo tem derretido as calotas polares, aumentando o nível de água nos oceanos. No futuro, muitas cidades litorâneas serão inundadas. O aumento da temperatura tem também causado a morte de muitas espécies de animais e vegetais, desequilibrando diversos ecossistemas. Com a devastação das florestas, especialmente em países tropicais como Brasil e outros países africanos, a tendência é aumentar significativamente as regiões desérticas do planeta. Há ainda o aumento de furacões, tufões e ciclones, que causam a morte de milhares de pessoas, especialmente idosos e crianças.
          Eu penso que a situação é muito séria porque tem transformado o estilo de vida das pessoas e tem ameaçado a vida no planeta. Muitos líderes internacionais têm refletido sobre soluções para diminuir a intensidade do aquecimento terrestre. Este passo não impede que outras ações possam ser assumidas pelas pessoas em seus ambientes. In minha opinião, há diversas coisas que podemos fazer, por exemplo: é possível deixar o carro em casa e usar o sistema de transporte público (ônibus, metrô, trem, combi, etc.) ou bicicleta. Outra coisa que podemos fazer é colaborar com a reciclagem do lixo e usar tanto quanto possível a iluminação natural dentro dos ambientes domésticos. Nós podemos também evitar o desmatamento e incêndio nas florestas.
         Em conclusão, eu acredito que o ser humano é capaz de fazer boas ações para salvar o planeta assim como ele foi capaz de prejudica-lo. Há uma global sensibilização sobre esse assunto e muitas iniciativas têm sido realizadas em vista de fazer as pessoas tomarem consciência da necessidade de um novo comportamento e mentalidade, principalmente no que se refere à natureza que é a mais afetada. O ser humano deve cuidar da natureza porque esta pode sobreviver sem o ser humano, mas o ser humano não pode sobreviver sem a natureza. O programa de reflorestamento deve ser assumido por todos, porque a plantação de árvores é um importante passo na prevenção do aquecimento global.

 

Fr. Dega

 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

WHAT WE AS INDIVIDUALS CAN DO TO PREVENT CLIMATE CHANGE?

        Nowadays, it is spoken about climate change. It’s about the global warming due to human action that emits gases to the atmosphere. This causes the greenhouse effect damages all climatic systems of the planet. The reflection about this matter is very important because it makes people aware of the need to take care of the environment and of the climate in general.
        The effects of the irresponsible human action have been devastating in many places. The increase of the temperature in the world has melted the polar icecaps, leading to of the level of ocean waters. In the future, many coastal cities will be submerged. The increase of temperature has also caused the deaths of several species of animals and vegetables, losing the balance several ecosystems. With the deforestation of the forest, especially in tropical countries like Brazil and other African countries, the trend is significantly increasing the desert regions of the planet. There is still the increasing of hurricanes, typhoons and cyclones, which cause deaths of thousands of people, especially elderly people and small children.
        I think the situation is very serious because has transformed the lifestyle of the people and it has threatened the life in the planet. Many leaders of the Nations have reflected about solutions to lessen the intensity of the land warming. This step doesn’t prevent that other actions can be assumed by people in their environments. In my opinion, there are several things we can do, for example: It is possible, to leave the car at home and to use the public transport system (bus, metro, train) or bick. Another thing we can do is to collaborate with the recycling of rubbish and to use as much as possible the natural lighting inside of the household environments. We can also avoid the deforestation and forest fires in the forests.  
       In conclusion, I believe that the human being is capable of doing good deeds to save the planet as well as he was capable of damaging it. There is a global sensitization about this issue and many initiatives have been taken in view of making people aware of the need of new behaviour and mentality, principally concerning to nature that is the more affected. The human being must care for the nature because it can survive without the human being, but the human being can’t survive without the nature. The program of afforestation should be taken up by everybody because the planting of trees is an important step in the prevention of the global warming.

 
Fr. Dega

sábado, 22 de junho de 2013

“QUEM NÃO VIVE COMO FILHO (A) NÃO APRENDE A SER IRMÃO (Ã)”


Uma reflexão a partir de Mt 5, 7-15

       Jesus ensina seus discípulos a rezar e chama a atenção para a necessidade de uma atitude de filho que se dirige ao pai com confiança. Não se deve fazer da oração um ato de exibicionismo, mas de abandono nas mãos daquele que sabe das necessidades dos filhos e filhas bem antes que peçam alguma coisa. A verdadeira oração é um ato de entrega. Reza verdadeiramente quem é capaz de se abandonar nas mãos de Deus e não quem apenas cumpre o seu dever, executando fórmulas prontas e definidas. A primeira parte da oração que Jesus ensina parte de um reconhecimento da paternidade divina, que se manifesta através de sua solicitude e bondade. Nesta oração, tudo o que vem depois está subordinado à palavra Pai. É preciso fazer a vontade do Pai para que seu reino aconteça na terra como no céu.
        A este Pai devemos nos dirigir confiantes, certos de que muito recebemos. Pedimos pão, perdão e reconciliação. Assim, “da sua bondade recebemos graça sobre graça”. Esta oração confirma o cuidado amoroso de Deus que partilha seus dons com seus filhos e filhas, esperando que façamos o mesmo com os demais a fim de que a fraternidade seja um sinal autêntico de sua paternidade e instrumento de sua misericórdia. A nossa petição revela que nos preocupamos com os outros e não apenas com nossas necessidades pessoais. O Pai nosso ensina a pedir o necessário, ou seja, “o pão de cada dia”, pois é preciso que nos posicionemos radicalmente contra toda forma de acúmulo e desperdício, que estraga a fraternidade, fazendo sofrer os pobres, os famintos. Sobre este assunto, assim se expressa o papa Francisco: “O consumismo nos levou a nos acostumarmos com o supérfluo, com o desperdício diário de comida... Lembremos sempre que a comida que jogamos no lixo é como se nós a tivéssemos roubado da mesa de quem é pobre, de quem tem fome”.
        Para São João Calábria, “o Pai Nosso, é, por assim dizer, o Santo Evangelho em miniatura. Todos os problemas devem ser considerados e estudados em relação e harmonia com a paternidade de Deus”. Se dizemos “Pai nosso” é porque acreditamos que somos irmãos de muitos. Deus não faz discriminação de pessoas e não se esquece de nenhum de seus filhos e filhas. Por isso não lhe agrada uma oração que não tenha presente os demais irmãos e irmãs. Deus nem sempre nos dá o que pedimos, mas sempre dá o que necessitamos. Se muitas vezes não recebemos o que pedimos é porque não pedimos como convém, ou seja, nos faltam a verdadeira atitude e as motivações requeridas por Jesus quando ensinou seus discípulos a rezar. O “pai nosso” é uma oração fácil de rezar, mas nem sempre é fácil rezar o “pai nosso”, pois não somente fala da nossa relação com Deus, mas questiona o nosso jeito de ser fraterno. Em suma, somos chamados a viver a fraternidade a partir da paternidade divina e a ter um coração de filhos, pois “quem não vive como filho não aprende a ser irmão”.


Pe. Degaaxé

“QUIEN NO VIVE COMO HIJO/A NO APRENDE A SER HERMANO/A”


Una reflexión a partir de Mt 5, 7-15 

        Jesús enseña a sus discípulos a rezar y llama la atención para la necesidad de un actitud de hijo que se dirige al padre con confianza. No se debe hacer de la oración un acto de exhibicionismo, sino de abandono en las manos de aquel que sabe de las necesidades de sus hijos e hijas aún antes que le pidan alguna cosa. La verdadera oración es un acto de entrega. Reza verdaderamente quien es capaz de abandonarse en las manos de Dios y no apenas quien cumple su deber, ejecutando fórmulas prontas y definidas. La primera parte de la oración que Jesús enseña parte de un reconocimiento de la paternidad divina, que se manifiesta a través de su solicitud y bondad. En esta oración todo lo que viene después está subordinado a la palabra del Padre. Es necesario hacer la voluntad del Padre para que su reino suceda en la tierra como en el cielo.
        A este Padre debemos dirigirnos con confianza, ciertos de que recibimos mucho. Pedimos pan, perdón y reconciliación. Así, “de su bondad recibimos gracia sobre gracia”. Esta oración confirma el cuidado amoroso de Dios que comparte sus dones con sus hijos e hijas, esperando que hagamos lo mismo con los demás, con el fin de que la fraternidad sea una señal auténtica de su paternidad e instrumento de su misericordia. Nuestra petición revela que nos preocupamos por los otros y no solamente con nuestras necesidades personales. El Padre Nuestro enseña a pedir lo necesario, o sea, “el pan de cada día”, pues es necesario que nos posicionemos radicalmente contra toda forma de acumulo y desperdicio, que rompe la fraternidad, haciendo sufrir a los pobre y a los hambrientos. Sobre este tema, se expresa el papa Francisco: “el consumismo nos llevó a acostumbrarnos con lo superfluo, con el desperdicio diario de comida… Recordemos siempre que la comida que tiramos en la basura es como si estuviésemos robando de la mesa de quien es pobre, de quien tiene hambre”.
       Para San Juan Calabria, “el Padre Nuestro es, por así decir, el Santo Evangelio en miniatura. Todos los problemas deben ser considerados y estudiados en relación y armonía con la paternidad de Dios”. Se decimos “Padre Nuestro” es porque creemos que somos hermanos de muchos. Dios no hace discriminación de personas y no se olvida de ninguno de sus hijos e hijas. Por eso no le agrada una oración que no tenga presente a los otros hermanos y hermanas. Dios no siempre nos da lo que pedimos, pero si siempre nos da lo que necesitamos. Si muchas veces no recibimos lo que pedimos es porque no pedimos como conviene, o sea, nos faltan la verdadera actitud y las motivaciones requeridas por Jesús cuando enseño a sus discípulos a rezar. El “Padre Nuestro” es una oración fácil de rezar, pero no siempre es fácil rezar el “Padre Nuestro”, pues no solamente habla de nuestra relación con Dios, sino que cuestiona nuestra forma de ser fraternos. En resumen, somos llamados a vivir la fraternidad a partir de la paternidad divina y a tener un corazón de hijos, pues “quien no vive como hijo no aprende a ser hermano”.

Pe. Degaaxé
Tradución: Nómade de Dios

“WHO DOESN’T LIVE AS A CHILD DOESN’T LEARN TO BE A BROTHER”


Uma reflexão a partir de Mt 5, 7-15 

       Jesus teaches his disciples to pray, and calls attention to the need of an attitude of son who goes to the father with confidence. We should not make the prayer an act of exhibitionism, but abandonment in the hands of the one who knows the needs of the sons and daughters well before they ask something. The true prayer is an act of surrender. Who prays truly who itionis able to abandon himself in the hands of God and not just who only does his duty, carrying ready and defined formulas. The first part of the prayer that Jesus teaches comes from the recognition of the fatherhood of God, manifested through his solicitude and kindness. In this prayer, everything that comes after is subordinate to the word Father. It is necessary to do the Father's will so that his kingdom happens on earth as in heaven.
       To this Father we must address with confident, certain that we received a lot. We ask for bread, forgiveness and reconciliation. Thus, “of his kindness we received grace upon grace.” This prayer confirms the loving care of God who shares his gifts with his sons and daughters, hoping that we may do the same with others in order that the fraternity may be an authentic sign of his paternity and instrument of his mercy. Our petition reveals that we worry about others and not only with our personal needs. TheOur ​​Father” teaches to ask the necessary, that is, “the daily bread” because it is needed that we take place radically against all form of accumulation and waste, which spoils the fraternity, making to suffer the poor, the hungry. About this subject, thus says the pope Francis: “The consumerism has led us to get used to the superfluous, with the daily waste food... we should always remember that the food that we throw in the trash is as if we had stolen from the table of who is poor, of who is hungry."
        For St. John Calabria, the Our Father is, so to speak, the Holy Gospel in miniature. All problems must be considered and studied in relation and harmony with the fatherhood of God.” If we say Our Father” is because we believe that we are brothers of many (others). God does not do discrimination of people and does not forget any of his sons and daughters. So, does not please him a prayer that does not have in consideration other brothers and sisters. God does not always give us what we ask, but always gives what we need. If sometimes we do not receive what we ask it is because we do not ask as it should be, or because, we lack the true attitude and motivations required by Jesus when he taught his disciples to pray. The “Our Father” is an easy prayer to make, but it is not always easy to pray the “Our Father”, because not only speaks of our relationship with God, but questions our way of being brotherly. In short, we are called to live the brotherhood from the fatherhood of God and to have a heart of children, because “who does not live as a child does not learn to be a brother.”

Pe. Degaaxé
Revision: Brother Cipriano

sábado, 15 de junho de 2013

EU NÃO POSSO VIVER COMO SE AS OUTRAS PESSOAS NÃO EXISTISSEM


Uma reflexão a partir de Mt 5, 20-26

Mateus apresenta Jesus como o “Novo Moisés” e tudo o que se refere a Cristo traz a marca da novidade: o Monte das Bem-aventuranças é o novo Monte Sinai; as Bem-aventuranças são o novo Discurso sobre os Mandamentos; a fraternidade é a nova justiça, que supera a justiça dos escribas e fariseus; seu corpo é o novo templo. No discurso de Jesus não há uma ruptura com o que pensavam os antigos, mas uma continuidade, interpretando de um jeito novo o verdadeiro sentido do que foi dito. O objetivo de Jesus é resgatar o plano original de Deus. Até o aparecimento de Jesus, a experiência reveladora como “palavra de Deus” estava relacionada aos escritos do Antigo Testamento. Todas as atenções se voltavam para estes, consagrados como norma de vida. Com Jesus, as coisas começam a mudar. Os primeiros cristãos podem até fazer referência aos escritos antigos, mas são os ensinamentos de Jesus que, posteriormente, se tornam norma até mesmo para o próprio Antigo Testamento.
Mesmo que Jesus tenha autoridade para falar, cumprindo plenamente o que foi revelado antes, ele não despreza os escritos da Antiga Aliança; pelo contrário, incentiva o seu apreço e cumprimento (Mt 5, 17-20). Mas a dureza dos corações e as interpretações arbitrárias da Lei original levam Jesus a afirmar: “Eu, porém, vos digo...” A partir de então vale a explicação que ele dá sobre o que foi dito. Em Mateus, justiça significa vontade de Deus. E a vontade de Deus é que as pessoas sejam generosas, indo além do que foi estabelecido por lei, quanto à caridade e reconciliação. Aos poucos os discípulos de Jesus foram percebendo que o desejo de Jesus era estabelecer um novo relacionamento com Deus e com os demais. O referencial para isso não podia ser a justiça humana - tão limitada e, às vezes, tão injusta em seus critérios – mas a justiça divina, baseada no amor e a misericórdia.
Em Jesus tudo se torna novo e, para manifestar esta novidade ao mundo, os novos discípulos e discípulas de Jesus precisam mais de fraternidade do que de espaços físicos suntuosos. O verdadeiro culto a Deus acontece na relação com os demais. Eu não posso viver como se as outras pessoas não existissem. É necessário ficarmos vigilantes, pois talvez, estamos sendo homicidas e não percebemos. Nesse contexto, eu não preciso pegar uma arma para matar a outra pessoa. Posso matá-la através do relacionamento com ela. A raiva que temos para com alguém é um verdadeiro homicídio. O desprezo é o começo. As fofocas contra alguém tiram a sua dignidade. Não é possível nos relacionarmos bem com Deus enquanto não nos reconciliamos com quem nós ofendemos ou nos ofenderam. A falta de reconciliação entre os membros vai pouco a pouco decretando a morte da comunidade. Eu não devo esperar que a outra pessoa venha reconciliar-se comigo; sou eu que devo tomar a iniciativa. Eu não escolho as pessoas com as quais devo conviver; simplesmente as recebo como dons da graça de Deus. A ternura, a correção fraterna e a reconciliação são condições básicas que as pessoas esperam de mim para não terem de ir buscar fora o que não encontram dentro da comunidade.  

 Pe. Degaaxé

NO PUEDO VIVIR COMO SI LAS OTRAS PERSONAS NO EXISTIESEN


Una reflexión a partir de Mt 5, 20-26

Mateo presenta a Jesús como el “Nuevo Moisés”, y todo lo que se refiere a Cristo trae una marca de novedad: el Monte de las Bienaventuranzas es el nuevo Monte Sinaí; las Bienaventuranzas son un nuevo Discurso sobre los Mandamientos; la fraternidad es la nueva justicia, que supera la justicia de los escribas y fariseos; su cuerpo es el nuevo templo. En el discurso de Jesús no hay una separación con lo que pensaban los antiguos, sino una continuidad, interpretando de un nuevo modo el verdadero sentido de lo que fue dicho. El objetivo de Jesús es rescatar el plan original de Dios. Hasta la aparición de Jesús, la experiencia reveladora como “palabra de Dios” estaba relacionada a los escritos del Antiguo Testamento. La atención se vuelve para estos, consagrados como norma de vida. Con Jesús las cosas comienzan a cambiar. Los primeros cristianos pueden hacer referencia a los escritos antiguos, pero son las enseñanzas de Jesús que, posteriormente, se vuelven norma y hasta el mismo Antiguo Testamento.
Aunque Jesús tenga autoridad para hablar, cumpliendo plenamente lo que fue revelado antes, él no desprecia los escritos de la Antigua Alianza, al contrario, incentiva a apreciarlos y cumplirlos (Mt 5, 17- 20). Pero la dureza de los corazones y las interpretaciones arbitrarias de la Ley original lleva a Jesús a afirmar: “ yo, por lo tanto le digo…”  A partir de entonces vale la explicación que él da sobre lo que fue dicho. En Mateo, justicia significa voluntad de Dios. Y la voluntad de Dios es que las personas sean generosas, yendo más allá de lo que fue establecido por ley, en cuanto a caridad y reconciliación. De a poco los discípulos de Jesús fueron viendo que el deseo de Jesús era establecer un nuevo relacionamiento con Dios y con los demás. La referencia para eso no puede ser la justicia humana – tan limitada y a veces tan injusta en sus criterios – sino la justicia divina, basada en el amor y la misericordia.
En Jesús todo se vuelve nuevo y para manifestar esta novedad al mundo, los nuevos discípulos y discípulas de Jesús necesitan más fraternidad que espacios físicos lujosos. El verdadero culto a Dios se da en la relación con los demás. No puedo vivir como si las otras personas no existiesen. Es necesario estar vigilantes, tal vez, estamos siendo homicidas y no nos damos cuenta. En ese contexto, no necesito tomar un arma para matar a otra persona, puedo matarla a través de la relación con ella. La rabia que tenemos contra alguien es un verdadero homicidio. El desprecio es el comienzo. Los chismes contra alguien roban su dignidad. No es posible relacionarnos bien con Dios mientras no nos reconciliemos con quien ofendimos o nos ofendió. No debo esperar que la otra persona venga para reconciliarse conmigo, soy yo que debo tomar la iniciativa. No elijo a las personas con las cuales debo convivir, simplemente las recibo como dones de la gracia de Dios. La ternura, la corrección fraterna y la reconciliación son condiciones básicas que las personas esperan de mi para no tener que ir a buscar afuera lo que no encuentran dentro de la comunidad.

 Pe. Degaaxé
Tradución: Nómade de Dios

 

I CANNOT LIVE AS IF THE OTHER PEOPLE DO NOT EXIST


A reflection from Mt 5, 20-26

Matthew presents Jesus as the "new Moses" and all that refers to Christ brings the brand of novelty: the Mount of Beatitudes is the new Mount Sinai; the Beatitudes are the New Discourse on the Commandments; the brotherhood is the new justice, which overcomes the righteousness of the Scribes and Pharisees; his body is the new temple. In the speech of Jesus there is not a rupture with what the ancients used to think, but a continuity, interpreting in a new way the true meaning of what was said. Jesus’ aim is to recover the original plan of God. Until the appearance of Jesus, the revealing experience as “word of God” was related to the writings of the Old Testament. All attentions are turned to them, established as norm of life. With Jesus, the things begin to change. The early Christians can even make reference to the ancient writings, but are the teachings of Jesus, which subsequently become norm even for the Old Testament itself.
Even though Jesus has authority to speak, fulfilling with what was revealed before, he does not despise the writings of the Old Testament; on the contrary, he encourages their appreciation and fulfilment (Mt 5, 17-20). But the hardness of hearts and the arbitrary interpretations of the original Law led Jesus to state: "However I say to you..." From then matter the explanation that he gives about what was said. In Matthew, justice means God's will. And God's will is that the people should be generous, going further of what has been established by law, concerning charity and reconciliation. Gradually the disciples of Jesus were realizing that Jesus’ desire was to establish a new relationship with God and with others. The benchmark for this could not be the human justice - so limited and sometimes so unfair on its criteria - but in the divine justice based on love and mercy.
In Jesus everything becomes new, and to manifest this novelty to the world, the new disciples of Jesus need more fraternity than physical spaces sumptuous. The true worship to God happens in relationship with others. I cannot live as if the other people do not exist. It is necessary to stay vigilant because perhaps we are being homicidal and we don’t perceive. In this context, I don’t need to get a gun to kill another. I can kill him through the relationship with him. The anger that we have for someone is a real homicide. The contempt is the beginning. The gossip against someone takes his dignity. It is not possible to relate well with God while we don’t reconcile ourselves with whom we have offended or with who offended us. The lack of reconciliation between members goes little by little decreeing the death of the community. I shouldn’t expect that the other comes to make up with me; I am the one who should take the initiative. I do not choose the people with whom I should live; simply get them as gifts of God's grace. The Tenderness, the fraternal correction and reconciliation are basic conditions that the people expect from me so that they should not look for it out what they don’t find with the community.

Pe. Degaaxé
Revision: Brother Cipriano

domingo, 9 de junho de 2013

UNA LEY QUE NO HUMANIZA NI DEBERÍA HABERSE VUELTO LEY


Una reflexión a partir de Marcos 12, 28b-34

Según las Sagradas Escrituras, Dios tiene una relación particular con el pueblo de Israel. Él establece con este pueblo una alianza, dando algunas orientaciones para que pueda caminar con seguridad, preservando la vida. En este contexto es donde nacen los mandamientos. La palabra Mandamiento o Ley aquí no tiene la misma connotación que tiene en nuestros días. Más que de obligación se trata de esencialidad. Vivir los mandamientos se volvió esencial en el camino del pueblo de Israel para el cual la Ley es Palabra de Dios o viceversa. Cuando afirman que “la Ley del Señor es perfecta, conforto para el alma”, se refieren a la Palabra. Hay una correlación profunda entre Ley y Palabra, pues los mandamientos de la Ley expresan el cuidado amoroso de Dios que habla, señalando caminos de liberación y también revelan la verdadera identidad de un pueblo que obedece, cultivando el sentimiento de pertenencia a Dios. La obediencia a los mandamientos es fuente de bendiciones que lleva a la vida; al tiempo que la desobediencia de éstos lleva a la muerte.
Alrededor de la Ley principal, los judíos hicieron surgir otras tantas leyes que de a poco desviaron el foco de aquello que era esencial. Los diez mandamientos iniciales se vuelven 613, de los cuales 248 son prescripciones y 365 son prohibiciones. Los pobres eran considerados pecadores porque no conseguían memorizar todos esos mandamientos y, por lo tanto no los practicaban. Sin embargo, esta parte de la población conocía y cultivaba lo esencial de la Ley, es sobre eso que Jesús llama la atención cuando afirma: “Amarás al Señor tu Dios con todo tú corazón, con todo tu entendimiento y con todas tus fuerzas” (Dt6, 4-5) “y a tú prójimo como a ti mismo” (Lv 19, 18). Amar a Dios es el primero de todos los mandamientos, pero Jesús lo conectó con el amor al prójimo, mostrando que no es posible amar a Dios sin amar al prójimo. Santiago en su carta llama de mentiroso a quien dice amar a Dios y no ama a su prójimo. Del mandamiento de amar a Dios brota el amor al prójimo, como un fruto. La fuente siempre es Dios, pues fue él quien nos amó primero. Es a partir del amor que Dios nos tiene – de forma gratuita y generosa – que es posible amar desinteresadamente a los demás. “Este es un desafío para todas las culturas incluyendo aquellas en África, donde la fidelidad a la familia y a las tradiciones es frecuentemente cultivada como el primer mandamiento”. (African Bible, p. 1770).
Para Jesús permanece lo esencial: amar a Dios, amando también al prójimo. Su admirable pedagogía permitió que esos dos mandamientos se vuelvan todavía más accesibles, pidiendo que a penas nos amemos unos a los otros como él nos amó. Así como Dios nos amó en Cristo, debemos amar a partir de Cristo. Quien ama de esa forma entendió lo esencial de la vida. Quien sigue a Jesús no sigue una ley o una doctrina, sino una persona. En nuestra sociedad y comunidad estamos sujetos a leyes, pero no podemos volvernos esclavos de ellas. Personas maduras y equilibradas entienden que lo que más importa no es la ley en sí, sino el espíritu que motiva a la ley y la postura que se asume frente a ella. A partir de ahí creemos que todas las leyes deberían tener por objetivo humanizar a las personas. Si existe una ley que no humaniza ni debería haberse hecho ley. La ley es vacía de su verdadero sentido, apenas quando sirve para oprimir, favoreciendo privilegios e intereses personales. El desafío para nosotros hoy es hacer de toda ley un instrumento de fraternidad donde el amor a Dios y el amor al prójimo son cada vez más evidentes.

Pe. Degaaxé
Tradución: Nómade de Dios

sábado, 8 de junho de 2013

UMA LEI QUE NÃO HUMANIZA NEM DEVERIA TER SE TORNADO LEI


Uma reflexão a partir de Marcos 12, 28b-34
 
        Segundo as Sagradas Escrituras, Deus tem uma relação particularizada com o povo de Israel. Ele estabelece com este povo uma aliança, dando algumas orientações para que possa caminhar em segurança, preservando a vida. Neste contexto é que nascem os Mandamentos. A palavra Mandamento ou Lei aqui não tem a mesma conotação que tem em nossos dias. Mais do que obrigatoriedade trata-se de essencialidade. Viver os mandamentos tornou-se essencial na caminhada do povo de Israel para o qual a Lei é Palavra de Deus ou vice-versa. Quando afirmam que “a Lei do Senhor é perfeita, conforto para a alma”, estão se referindo à Palavra. Há uma correlação profunda entre Lei e Palavra, pois os mandamentos da Lei expressam o cuidado amoroso do Deus que fala, apontando caminhos de libertação e também revelam a verdadeira identidade de um povo que obedece, cultivando o sentimento de pertença a seu Deus. A obediência aos mandamentos é fonte de bênçãos que leva à vida; ao passo que a desobediência a estes leva à morte.
          Em torno da Lei principal, os judeus fizeram surgir outras tantas leis que aos poucos desviaram o foco daquilo que era essencial. Os dez mandamentos iniciais se tornaram 613, dos quais 248 são prescrições e 365 são proibições. Os pobres eram considerados pecadores porque não conseguiam memorizar todos esses mandamentos e, portanto, não os praticavam. No entanto, esta parcela da população conhecia e cultivava o essencial da Lei. É sobre isso que Jesus chama a atenção quando afirma: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças” (Dt 6, 4-5) “e a teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19, 18). Amar a Deus é o primeiro de todos os mandamentos, mas Jesus o conectou ao amor ao próximo, mostrando que não é possível amar a Deus sem amar o próximo. São Tiago, em sua carta, chama de mentiroso a quem diz amar a Deus e não ama o seu próximo. Do mandamento de amar a Deus brota o amor ao próximo, como um fruto. A fonte é sempre Deus, pois foi ele quem primeiro nos amou. É a partir do amor que Deus tem para conosco - de forma gratuita e generosa - que é possível amar desinteressadamente os demais. “Este é um desafio para todas as culturas incluindo aquelas na África, onde a fidelidade à família e às tradições é frequentemente cultivada como o primeiro mandamento” (African Bible, p. 1770).
        Mas para Jesus permanece o essencial: amar a Deus, amando também o próximo. Sua admirável pedagogia permitiu que esses dois mandamentos se tornassem ainda mais acessíveis, pedindo que apenas nos amemos uns aos outros como ele mesmo nos amou. Assim como Deus nos amou em Cristo, devemos amar a partir de Cristo. Quem ama desse jeito entendeu o essencial da vida. Quem segue Jesus não segue uma lei ou uma doutrina, mas uma pessoa. Em nossa sociedade e comunidade estamos sujeitos a leis, mas não podemos nos tornar escravos delas. Pessoas maduras e equilibradas entendem que o que mais conta não é a lei em si, mas o espírito que motiva a lei e a postura que se assume diante dela.  A partir daí acreditamos que toda lei deveria ter por objetivo humanizar as pessoas. Se existe uma lei que não humaniza nem deveria ter se tornado lei. A lei é esvaziada do seu verdadeiro sentido quando apenas serve para oprimir, favorecendo privilégios e interesses de alguns. O desafio para nós hoje é fazer de toda lei instrumento de fraternidade onde o amor a Deus e amor ao próximo são cada vez mais evidenciados.
 

Pe. Degaaxé

A LAW THAT DOES NOT HUMANIZE IT SHOULDN’T HAVE BECOME LAW


A reflection from Mark 12, 28-34 

          According to the Scriptures God has a particular relationship with the people of Israel. He establishes a covenant with this people giving some guidelines so that they may walk safely, preserving life. It is in this context that the Commandments are born. The word Commandment or Law here has not the same connotation as it has today. More than obligatoriness it is essentiality. To live the commandments has become essential in the journey of the people of Israel to which the Law is God's Word or vice versa. When they state that “the law of the Lord is perfect, comfort for the soul”, they are referring to the Word. There is a deep correlation between Law and Word, because the commandments of the Law express the loving care of God who speaks, pointing paths of liberation and then reveal also the true identity of a people who obey, cultivating the sense of belonging to his God. The obedience to the commandments is the source of blessings that leads to life, while the disobedience to these leads to death.
          Around the principal law, the Jews have made to appear so many laws that gradually shifted the focus from what was essential. The initials Ten Commandments became 613, of which 248 are prescriptions and the 365 are prohibitions.  The poor were considered sinners because they could not memorize all these commandments and therefore they didn’t practice them. However, this sector of the population knew and cultivated the essence of the Law. That's what Jesus calls attention when he says: you must love the Lord thy God with all thy heart, with all thy mind and with all thy strength(Deuteronomy 6: 4-5) and thy neighbor as to yourself “(Lev. 19, 18). To Love God is the first of all the commandments, but Jesus connected it with the love to the neighbor, showing that it is not possible to love God without loving the neighbor. James in his letter calls of liar the one who says that loves God and doesn’t love neighbor. From commandment of loving God flows the love to the neighbor, as a result. The source is always God, because was he who first loved us. It is from the love that God has for us in a free and generous way - that is possible to love others selflessly. This is a challenge for all the cultures including those in Africa, where the loyalty to family and traditions is often grown as the first commandment.(African Bible, p. 1770).
        But for Jesus remains the essential: to love God, loving also the neighbor. His admirable pedagogy allowed that these two commandments would become even more accessible, asking only that we should love one another as he loved us. Just as God has loved us in Christ, we must love from Christ. Who loves in this way understood the essential of the life. Whoever follows Jesus does not follow a law or a doctrine but a person. In our society and community we are subjects of laws, but we cannot become slaves of them. Matured and balanced people understand that what counts most is not the law itself, but the spirit that motivates the law and the posture assumed before it. From there we believe that every law should have as aim to humanize the people. If there is a law that does not humanize it shouldn’t have become law. The law is emptied of its true meaning when only serves to oppress, favoring privileges and interests of somebody. The challenge for us today is to make of every law instrument of fraternity, in that the love of God and the love neighbor are increasingly evidenced.

Pe. Degaaxé

Revision: Brother Cipriano

sábado, 1 de junho de 2013

“FÉ DEMAIS NÃO CHEIRA BEM”


Uma reflexão a partir de Mc 10, 46-52

        Jericó é uma das cidades mais antigas do mundo. Ela foi palco de grandes acontecimentos bíblicos; inclusive, na época de Moisés, já se falava nela. Recordemos do “cerco e tomada de Jericó” por Israel no tempo de Josué (Js 6, 1-27). E quem não se lembra de Zaqueu? A sua conversão acontece em Jericó. Esta cidade fica próxima do rio Jordão e Jesus passou muitas vezes por ela. O presente texto fala sobre o encontro de Jesus com o cego Bartimeu, que estava sentado à beira da estrada na saída da cidade. Certamente ele já tinha ouvido falar de Jesus e desejava muito uma oportunidade para encontra-lo. O que ele não sabia era que Jesus também desejou encontrá-lo para indicá-lo um novo caminho, um novo jeito de viver. Pois é, a oportunidade chegou! O entusiasmo do cego era tão grande que nada e ninguém o fez parar de gritar por Jesus.
        O grito do cego é o clamor de todo ser humano consciente de sua indigência e da necessidade da misericórdia divina. Ele (o cego) é símbolo da exclusão gritante da qual continuam vitimas muitos de nossos irmãos e irmãs, os pobres. É uma oportunidade de perceber que muitas pessoas estão caídas ou foram deixadas ao longo do caminho. Elas gritam por compaixão e oportunidade porque acreditam que os que se dizem religiosos e seguidores de Jesus podem ouvir e se solidarizar. Jesus não somente ouviu o clamor do cego, mas também os gritos dos que mandavam o cego calar a boca. A resposta de Jesus expressa um misto de compaixão e indignação, pois ele teve que lidar com duas cegueiras: a cegueira do Bartimeu e a da multidão que o seguia sem comungar com os mesmos sentimentos que havia em seu coração. No entanto, entre os que mandam o cego ficar quieto, também há algumas vozes perdidas que representam aqueles e aquelas que, em nossa sociedade, são verdadeiros profetas e profetisas da esperança, capazes de motivar os desesperados. Com a vida e testemunho, eles continuam dizendo a quem sofre: “recobrem o ânimo; levantem-se, o Senhor não se esqueceu de vocês; ele chama vocês assim como chamou a nós e não permitirá que o sofrimento de vocês perdure por muito tempo”.
        O Jesus a quem seguimos é muito humano. Tem os olhos e os ouvidos bem atentos ao que se passa com as pessoas. Ele nos chama a ter esta mesma sensibilidade. Muitas vezes somos como o cego: desejosos de um encontro transformador, mas permanecemos à margem, à superfície, sem profundidade. Somos também como os demais em torno de Jesus, mas fechados ao que se passa ao redor e ainda nos achamos com autoridade de mandar os outros calarem a boca. Estamos diante de um grande equívoco. É preciso desconfiar de “certas experiências” que nos abrem a Deus e nos fecham aos demais. Se a minha piedade não me leva ao encontro dos outros é alienante e equivocada. Neste caso, “fé demais não cheira bem”.

Pe. Degaaxé

 


 

“ FE DEMÁS, NO HUELE BIEN”


Una reflexión a partir de Marcos 10, 46-52 

Jericó es una de las ciudades más antiguas del mundo. Fue el palco de grandes acontecimientos bíblicos; inclusive, en la época de Moisés ya se hablaba de ella. Recordemos del “cerco y toma de Jericó” por Israel en tiempos de Josué (Js 6, 1-27). ¿Y quien no se acuerda de Zaqueo? Su conversión sucedió en Jericó. Esta ciudad queda próxima al río Jordán y Jesús pasó muchas veces por ella. El presente texto se habla del encuentro de Jesús con el ciego Bartimeo, que estaba sentado a la vera del camino de salida de la ciudad. Seguramente ya había escuchado hablar de Jesús y deseaba una oportunidad para encontrarlo. Lo que él no sabía era que Jesús también deseó encontrarlo para indicarle un nuevo camino, una nueva forma de vivir. ¡La oportunidad llegó! El entusiasmo del ciego era tan grande que nada ni nadie se lo impidieron de gritar por Jesús.
El grito del ciego es el clamor de todo ser humano consciente de su indigencia y de la necesidad de la misericordia divina. Él (el ciego) es símbolo de la exclusión alarmante de la cual continúan víctimas muchos de nuestros hermanos y hermanas, los pobres. Es una oportunidad de percibir que muchas personas están caídas o fueron dejadas a lo largo del camino. Ellas gritan por compasión y oportunidad porque creen que los que se dicen religiosos y seguidores de Jesús pueden oír y solidarizarse. Jesús no solamente oyó el clamor del ciego, sino que también los gritos de los que mandaban al ciego a cerrar la boca. La respuesta de Jesús expresa una mezcla de compasión e indignación, ya que tuvo que enfrentarse con dos cegueras: la de Bartimeo y la de la multitud que lo seguía sin comulgar con los mismos sentimientos que había en su corazón. Sin embargo entre los que mandan al ciego a quedarse quieto también hay algunas voces perdidas que representan a aquellos y aquellas que, en nuestra sociedad, son verdaderos profetas y profetisas de la esperanza, capaces de motivar a los desesperados. Con la vida y testimonio ellos continúan diciendo a quien sufre: “recobren el ánimo; levántense, el Señor no se olvidó de ustedes; él los llama para sí como nos llamó a nosotros y no permitirá que el sufrimientos de ustedes perdure por mucho tiempo”.
El Jesús a quien seguimos es muy humano. Tiene los ojos y los oídos bien atentos a lo que pasa con las personas. Él nos llama a tener esta misma sensibilidad. Muchas veces somos como el ciego: deseosos de un encuentro transformador, pero permanecemos al margen, en la superficie, sin profundidad. Somos también como los demás en torno de Jesús, más cerrados a lo que pasa a nuestro alrededor y todavía nos creemos con autoridad de mandar a los otros a cerrar la boca. Estamos delante de una gran equivocación. Es necesario desconfiar de “ciertas experiencias” que nos abren a Dios y nos cierran a los demás. Si mi piedad no me lleva al encuentro de los otros es alienante y equivocada. En este caso, “fe demás, no huele bien”.

Pe. Degaaxé
Tradución: Nómade de Dios

“TOO MUCH FAITH DOES NOT SMELL WELL”


Uma reflexão a partir de Mc 10, 46-52

        Jericho is one of the oldest cities in the world. It was the scene of great biblical events; even in the time of Moses, was already been talked about it. Let us recall the siege and taking of Jericho” by Israel in the time of Joshua (Joshua 6, 1-27). And who does not remember of Zacchaeus? His conversion happens in Jericho. This city is near of the Jordan River and Jesus passed by it many times. This text speaks about the Jesus’ meeting with the blind Bartimaeus, who was sitting beside the road out of the town. Surely he had already heard about Jesus and wanted so much an opportunity to meet him. What he did not know was that Jesus also wanted to meet him to assign him a new path, a new way of living. Well, the opportunity has arrived! The blind’s enthusiasm was so great that nothing and nobody can made him to stop of screaming for Jesus.
        The cry of the blind man is the cry of every human being conscious of his poverty and of the need of the divine mercy. He (the blind) is the symbol of the glaring exclusion of which many of our brothers and sisters (the poor) continue victims. It is an opportunity to realize that many people are fallen or were left along the way. They cry out for compassion and opportunity because they believe that those who call themselves religious and followers of Jesus can listen and empathize. Jesus not only heard the cry of the blind man, but also the screams of those who told the blind man to shut up. The answer of Jesus expresses a mixture of compassion and indignation, because he had to deal with two blindness: the blindness of Bartimaeus and the crowd that followed him without taking communion with the same feelings he had in his heart. However, among those who tell the blind to be quiet, there are some lost voices that represent those that, in our society, are true prophets and prophetesses of hope, able to motivate the desperate. With the life and testimony, they continue saying to those who suffer, “recover the cheer up; stand up, the Lord has not forgotten you, he calls you as well as he called us and he will not allow that your suffering endure for long.”
      The Jesus whom we follow is very human. He has the eyes and the ears very attentive to what is happening with the people. He calls us to have this same sensitivity. Often we are like the blind man: we desirous of a transformer encounter, but we stay on the edge, on the surface, without depth. We are also like the others around Jesus, but closed to what is happening around and still find ourselves with authority to tell others to shut up. We are before a big mistake. One must be wary of "certain experiences" that open us to God and close to others. If my piety does not lead me to meet other, it is alienating and misguided. In this case, too much faith does not smell well.”

Pe. Degaaxé
Revision: Brother Cipriano