Uma
reflexão a partir de João 5, 31-47
Nesse
sentido, João Batista é apresentado como modelo por ter empenhado todas as suas
forças para que o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo fosse bem acolhido
pelas pessoas. Por esta verdade, ele deu a própria vida. Embora Jesus não
dependa do testemunho de um ser humano, reconheceu seu empenho e coragem. Para
que o nosso testemunho seja verdadeiro como o de João é fundamental que a
experiência da Palavra se torne vida em nós. Quanto mais intensa for esta
experiência mais eficaz será o testemunho. Já na Antiga Aliança muitas pessoas,
sensíveis à inspiração divina e atentas à realidade, se tornaram verdadeiras testemunhas
da Palavra. Assim nasceu o movimento profético.
A razão de
todo o impulso renovador dos profetas estava na fidelidade à Palavra de Deus,
vivida de modo radical. Foram capazes de interpretar os acontecimentos,
ajudando o povo a não desanimar na caminhada de adesão aos projetos de Deus e a
manter firme a esperança no futuro. Assim como acontecia com os profetas, é preciso
que eduquemos nossa sensibilidade para captar, internalizar e testemunhar a
inspiração que vem de Deus. A realização em Cristo de tudo o que os profetas
disseram possibilitou um vigor constante no testemunho dos mártires e se
estende aos nossos dias com uma multidão de testemunhas que, em nome da fé e
pelo bem dos demais, doam totalmente suas vidas. Fortalecidos pelo Espírito de
Deus, também nós somos chamados a ser testemunhas, levando nossa resposta até
às ultimas consequências.
Pe. Degaaxé
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