Uma reflexão a partir de Lucas 16, 19-31
Deus se identifica com a situação dos mais fracos e pobres.
Toda injustiça feita a eles atinge a imagem de Deus presente neles. Na vida
eterna, a situação se inverte, comprovando que Deus nunca abandona a quem nele
se confia. Quem utiliza daquilo que possui para desprezar os outros joga sua
vida no lixo, pois vida realizada não consiste na abundância de bens, mas na
capacidade de fazer o bem. Como dizia, sabiamente, São João Calábria: “Os
pobres estão aí para que os ricos possam se salvar”.
A quaresma nos recorda que a situação dos pobres tem muito a
ver conosco, pois o pecado social é resultado de um acúmulo de pecados
pessoais. Por isso, é preciso conversão não somente dos pecados pessoais, mas
assumirmos também a responsabilidade pelos pecados sociais, que faz parte da
nossa “missão reparadora”. É preciso passar de um estilo de vida esbanjador,
baseado às vezes na indiferença, para um estilo de vida mais simples que se
contenta com pouco e que se solidariza com quem não tem. Deus nos salva por amor, mas valoriza muito
os nossos gestos, como expressa o papa
Bento XVI em uma de suas cartas, pela Quaresma: “De fato a salvação é dom, é
graça de Deus, mas para fazer efeito na
minha existência exige o meu consentimento, um acolhimento demonstrado nos fatos,
ou seja, na vontade de viver como Jesus, de caminhar atrás Dele”.
Pe. Degaaxé
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