PROGRAMA
Objetivos
Geral
Tendo presente que “a Igreja precisa das culturas para evangelizar, pois sem as culturas não há evangelização”, buscamos, com este seminário, conhecer melhor a liturgia da Igreja e sua abertura às culturas, fortalecer a caminhada da Pastoral afro no vicariato de Porto Alegre, despertando as comunidades para encontros periódicos de reflexão sobre a realidade cultural afro dentro e fora da Igreja, resgatando esta mesma realidade na liturgia que celebramos.
Específicos
1- Possibilitar uma maior compreensão do Mistério Pascal e suas consequências para a vida das pessoas que celebram;
2- Descobrir e explorar os espaços para a criatividade oferecidos pela liturgia oficial da Igreja;
3- Conhecer elementos da cultura negra que são resgatados na liturgia;
4- Aprofundar o tema da inculturação como aproximação, diálogo, anúncio, intercâmbio de dons, e transformação das ‘estruturas’;
5- Partilhar experiências litúrgicas a caminho da inculturação em meios afro-brasileiros, buscando um maior enriquecimento mútuo, aprofundando o sentido daquilo que fazemos para darmos razão da nossa fé e da nossa esperança.
Espírito:
O povo negro canta rezando e reza dançando, uma oração que se faz envolvendo o corpo por inteiro, com cantos ritmados e muita dança, ao som dos atabaques, partilhando o alimento que fortalece o nosso corpo e anima nossa luta. O gingado e a alegria, num ambiente festivo e bem ornamentado, integrados com a toda natureza, nos fazem sentir a presença de Deus e a força dos Ancestrais. Dizia o Papa João Paulo II, aos afrodescendentes: “Encorajo-vos a defenderem a vossa identidade, a serem conscientes dos vossos valores e fazê-los frutificar. A fé não destrói, mas respeita e dignifica as culturas, mesmo com as diferenças”.
Justificativa:
A liturgia cristã é rica pelo Mistério que se celebra, mas também por possibilitar espaços para a criatividade. Ela se tornou ainda mais rica em contato com as culturas. Deve-se reconhecer que “a Igreja precisa das culturas para evangelizar, pois sem as culturas não há evangelização”. A idéia de inculturação nasce, então, a partir destes pressupostos: aproximação, diálogo, intercâmbio de dons, serviço. Da evangelização imposta surge uma releitura e um resgate. Queremos, então, celebrar com um novo jeito, com um novo rosto, mesmo que isto venha causando resistências em alguns setores eclesiais, devido à dificuldade de compreensão da riqueza que é a diversidade. O respeito e a valorização das diferenças revela o rosto da verdadeira Igreja de Jesus Cristo, uma Igreja Peregrina e Mãe, que sabe acolher a todos como filhos e filhas. Levando em conta a contribuição que os (as) afrodescendentes vêm dando para a caminhada evangelizadora da Igreja, aceitamos o desafio de aprofundar o sentido da liturgia a caminho da enculturação em meios afro-brasileiros.
Modjumbá axé!Pe. Degaaxé
Nenhum comentário:
Postar um comentário