sexta-feira, 8 de novembro de 2024

A ATITUDE FUNDAMENTAL DO DISCIPULO DI CRISTO

 

Uma reflexão a partir  de 1 Re 17, 10-16; Sal.145; Eb 9, 24-28; Mc 12, 38-44




 

    A centralidade da nossa reflexão é a palavra “generosidade” como atitude fundamental da pessoa que crê e para ser mais preciso, do discipulo de Jesus. Deus não se deixa vencer em generosidade. Quem é generoso para com Ele recebe muito mais. Esta experiência está muito presente na nossa vida quotidiana e muito evidente na vida das duas viúvas apresentadas na liturgia de hoje.

    Na primeira leitura, temos a primeira viúva que responde generosamente ao pedido do profeta Elias, expressando uma atitude confiante na ação providente de Deus, para quem nada é impossível. Da parte de Deus, providencial assistência. Da parte da viúva, total confiança, isto é, se abandona nas mãos de Deus. É a esta atitude que somos chamados para que a ação da graça de Deus seja eficaz na nossa vida.   

    A segunda leitura sublinha a excelência do sacerdocio de Cristo o qual cancelou o pecado através da oferta total de si mesmo na cruz. Este é o mistério que nos salvou e que revivemos em cada Eucaristia que celebramos. Através dela experimentamos de um modo muito concreto a abundante generosidade de Deus que nos amou tanto que deu o seu Filho para a nossa salvação.

    No Evangelho, Jesus nos apresenta duas atitudes: uma a ser evitada, ou seja aquela dos escribas, e uma segunda atitude a ser cultivada, ou seja, o exemplo da viúva. Quem è essa viuva? “Ela não conhecia Jesus, não foi batizada”, mas demonstrou a maneira correta de ser discípula de Jesus. O seu gesto simples e quase escondido, cheio de generosidade, atraiu a atenção de Jesus que imediatamente a apresentou aos seus discípulos como um modelo a seguir.

    É muito importante aqui estarmos atentos ao modo como Jesus olha. “O ser humano vê a aparência, mas Deus olha o coração”. E Jesus vê que na sua oferta a viúva doou tudo o que tinha para viver, ou seja, deu tudo de si. Esta é a oferta que agrada a Deus. Não interessa a Deus tanto a quantidade de coisas que alguém é capaz de oferecer ou fazer em seu nome, mas a generosidade do seu coração. A grandeza do coração de uma pessoa não se mede pela grandiosidade do dom que oferece, mas pela beleza do seu gesto. Na verdade, são os pequenos gestos que fazem a diferença. Encontramos o verdadeiro sentido da vida quando imitamos Deus que na sua generosidade não sò nos oferece algo, mas a si mesmo.


Fr Ndega

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